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A mostrar mensagens de junho, 2024

Sobre permitir-me

Já devia ter aprendido a não fazer promessas. Quando se respira mudança como eu, aquilo que dizemos hoje, amanhã já mudou de figura. Sinto genuinamente que vivo anos em semanas. Vivo várias vidas num só dia tantas vezes. E quando a energia está rápida como nesta era de gémeos, isto vira um rodopio tamanho. Prometi no último post que vinha partilhar as lições da minha aventura, mas olhem, já não me faz sentido. É como se tivesse a partilhar algo que aprendi há três anos atrás. Está demasiado distante já. Há um mês atrás parti de mochila às costas de Lagos com o objetivo de caminhar durante 6 dias até chegar a Aljezur. Fui percorrer a pé as etapas que me faltavam do trilho dos pescadores da rota vicentina. Em 2021, tinha ido de Porto Covo a Aljezur e agora fiz o resto. Para quem já me conhece, sabe que fazer trilhos na natureza é uma das minhas grandes paixões. É incrível o quanto me nutre e me permite reconectar comigo mesma e ouvir a minha alma. É incrível que é sempre através do corpo

80% do trabalho não é trabalho

Sente. Respira. Pára. Vai devagar. Lembras-te? Estás há um ano a aprender a seguir devagar. Lembras-te como tudo muda quando te permites explorar o ritmo lento, subtil, feminino? O meu corpo lembra-se, reconhece, aceita e pede-me para me deixar ficar. Sentir primeiro. É sempre esse o primeiro passo. É sempre esse o passo que faz a total diferença. Vai para o corpo e sente. É aí nesse teu espaço seguro que habitam todas as respostas, é aí que se esconde a tua verdade. Cansada de estar escondida, faminta por se desnudar. Dá-lhe espaço. Abre-lhe o caminho para se revelar. Aceita. Aceita-te. Assume a tua inteireza e permanece nesse sentir onde és. Sem mais nada. Só tu e tu. Só tu e eu. Só este nós que somos tudo. Agora sim. Mais eu. Mais inteira. Cheguei a esta página em branco para falar de energia, a minha. Cheguei para falar do meu padrão do fazer fazer fazer. Vinha falar da sua toxicidade e quando dei por mim tinha sido apanhada na curva. Porque já estava a escrever exatamente a partir